quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Assassinato em SP de 13 homossexuais

Polícia investiga se ex-policiais têm ligação com mortes em Carapicuíba
Treze mortes ocorreram entre fevereiro de 2007 e agosto de 2008.
Delegado do município diz que todas as vítimas eram homossexuais.


A Polícia Civil de Carapicuíba, na Grande São Paulo, investiga se dois ex-policiais militares têm ligação com o assassinato de 13 homossexuais no Parque dos Pacuris. O delegado seccional do município, Paulo Fernando Fortunato, adiantou nesta quarta-feira (10/12) duas das linhas seguidas pela polícia para tentar chegar ao assassino. “A gente está fazendo a investigação em algumas linhas esperando que isso dê algum resultado”, afirmou.

Um dos investigados é um ex-sargento da Polícia Militar que pode ter ligação com a morte de três pessoas em Osasco, também na Grande São Paulo. O delegado havia informado nesta terça-feira (9/12) que a arma utilizada pelo criminoso em Osasco seria a mesma usada em um dos crimes em Carapicuíba, uma pistola .380.

Ainda segundo o delegado, uma das três vítimas de Osasco seria homossexual. Ela foi morta dentro de um hotel. O suspeito, no entanto, não ficou preso, apesar de ter tido a sua prisão preventiva solicitada à Justiça, segundo o delegado. "Ele está solto e nos foi dito que ele é freqüentador do parque (dos Pacuris)", revelou.

A polícia também investiga um ex-policial militar – ele foi expulso da corporação – que, segundo o delegado, esteve envolvido na morte de “vários” homossexuais na década de 90. Um retrato falado do possível assassino das 13 pessoas foi feito por uma testemunha. O delegado informou que essa pessoa é procurada, mas ainda não é considerada suspeita dos crimes.

Crimes
Os 13 crimes aconteceram entre fevereiro de 2007 e agosto de 2008. O delegado disse que, das treze vítimas, apenas uma foi morta a pauladas. “Houve essa vítima e uma outra que levou tiros de pistola .380. As demais foram atingidas por tiros de um revólver calibre 38”, explicou.

Ao menos três delas foram alvejadas na cabeça e outras três no tórax. As demais, levaram tiros na nuca, na testa, no rosto e nas costas. O delegado diz que só agora estão sendo feito os exames de balística. “Só depois desses exames é que teremos a certeza de que todas essas vítimas, com exceção dos que foram mortos por tiros de pistola e por pauladas, foram mortos com a mesma arma.”

Segundo o delegado, todas as vítimas eram homossexuais, o que o leva a crer que um assassino em série tenha cometido os homicídios. “Estamos freqüentando o parque com policiais descaracterizados e vigiando à distância”, disse.

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