Criada em setembro, durante o 1º Encontro de ONGs LGBT do Interior do Rio de Janeiro, a Rede LGBT do Interior Fluminense realizou entre os dias 15 de setembro e 16 de outubro de 2009 uma pesquisa sobre a homofobia no interior do Estado.
Os voluntários de 6 Organizações das 18 integrantes da Rede - Grupo Cabo Free (Cabo Frio), Grupo Nobreza (Petrópolis), Angra Free (Angra dos Reis), Cores da Vida (Rio das Ostras), Arraial Free (Arraial do Cabo) e Búzios Free (Armação de Búzios) - entrevistaram 387 cidadãos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais
Os voluntários focaram a pesquisa nos locais freqüentados pelo público alvo – Boites, Festas, Paradas LGBT – e as perguntas foram extraídas de pesquisas similares realizadas no Rio e em São Paulo. O principal objetivo da pesquisa é traçar um perfil das ações homofóbicas no interior do estado e conscientizar as vítimas da necessidade de denunciar tais fatos, bem como o Poder Legislativo e as autoridades de Segurança Pública da necessidade de se efetivar ações de prevenção e formas de punição aos agressores.
Segundo a pesquisa 72% dos entrevistados já teriam sofrido algum tipo de agressão movida por preconceito, na maioria, agressões verbais (65 %), porém 32% já teriam sido agredidos fisicamente por causa de sua orientação sexual . A maior parte dessas agressões teria acontecido em locais públicos (42%), mas a Escola (39%) também foi citada pelos entrevistados como local onde a homofobia deve ser combatida, ainda segundo a pesquisa 24% desses agressores eram colegas de escola.
O que preocupa as Organizações que compõem a Rede é que, embora 82% dos entrevistados tenham conhecimento da existência de uma entidade de defesa LGBT em sua cidade, apenas 25% tomaram a iniciativa de procurá-las para denunciar o fato.
Segue abaixo o resultado geral da pesquisa:
1) Você já foi vítima de algum tipo de agressão movida por preconceito?
SIM – 72%
NÃO – 28%
2) Que tipo de agressão
Xingamento - 65%
Física – 32%
Chantagem ou extorsão – 3%
3) Que locais?
Local público – 42%
Escola – 39%
Em casa – 12%
Trabalho – 7%
4) Quem foram os agressores?
Desconhecidos – 37%
Colegas de escola – 24%
Vizinhos – 16%
Familiares – 15%
Policiais ou Seguranças – 8 %
5) Para quem foi relatado o ocorrido?
Não relatou – 36%
Amigos – 26%
Ong Gay – 25 %
Pais – 8 %
Policia – 5 %
6) Conhece alguma organização GLBT em sua cidade?
SIM – 82%
NÃO – 18 %
REDE LGBT DO INTERIOR FLUMINENSE
redelgbtfluminense@hotmail.com
Comissão de Relatoria
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