quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Rede LGBT do Interior Fluminense divulga resultado de pesquisa sobre homofobia

Criada em setembro, durante o 1º Encontro de ONGs LGBT do Interior do Rio de Janeiro, a Rede LGBT do Interior Fluminense realizou entre os dias 15 de setembro e 16 de outubro de 2009 uma pesquisa sobre a homofobia no interior do Estado.

Os voluntários de 6 Organizações das 18 integrantes da Rede - Grupo Cabo Free (Cabo Frio), Grupo Nobreza (Petrópolis), Angra Free (Angra dos Reis), Cores da Vida (Rio das Ostras), Arraial Free (Arraial do Cabo) e Búzios Free (Armação de Búzios) - entrevistaram 387 cidadãos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais



Os voluntários focaram a pesquisa nos locais freqüentados pelo público alvo – Boites, Festas, Paradas LGBT – e as perguntas foram extraídas de pesquisas similares realizadas no Rio e em São Paulo. O principal objetivo da pesquisa é traçar um perfil das ações homofóbicas no interior do estado e conscientizar as vítimas da necessidade de denunciar tais fatos, bem como o Poder Legislativo e as autoridades de Segurança Pública da necessidade de se efetivar ações de prevenção e formas de punição aos agressores.


Segundo a pesquisa 72% dos entrevistados já teriam sofrido algum tipo de agressão movida por preconceito, na maioria, agressões verbais (65 %), porém 32% já teriam sido agredidos fisicamente por causa de sua orientação sexual . A maior parte dessas agressões teria acontecido em locais públicos (42%), mas a Escola (39%) também foi citada pelos entrevistados como local onde a homofobia deve ser combatida, ainda segundo a pesquisa 24% desses agressores eram colegas de escola.

O que preocupa as Organizações que compõem a Rede é que, embora 82% dos entrevistados tenham conhecimento da existência de uma entidade de defesa LGBT em sua cidade, apenas 25% tomaram a iniciativa de procurá-las para denunciar o fato.




Segue abaixo o resultado geral da pesquisa:

1) Você já foi vítima de algum tipo de agressão movida por preconceito?
SIM – 72%
NÃO – 28%

2) Que tipo de agressão
Xingamento - 65%
Física – 32%
Chantagem ou extorsão – 3%

3) Que locais?
Local público – 42%
Escola – 39%
Em casa – 12%
Trabalho – 7%

4) Quem foram os agressores?
Desconhecidos – 37%
Colegas de escola – 24%
Vizinhos – 16%

Familiares – 15%

Policiais ou Seguranças – 8 %

5) Para quem foi relatado o ocorrido?
Não relatou – 36%
Amigos – 26%
Ong Gay – 25 %
Pais – 8 %
Policia – 5 %

6) Conhece alguma organização GLBT em sua cidade?
SIM – 82%
NÃO – 18 %

REDE LGBT DO INTERIOR FLUMINENSE

redelgbtfluminense@hotmail.com

Comissão de Relatoria

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